Liderança Feminina: a diversidade e os caminhos para promover a ascensão de mulheres em cargos de liderança

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Barbara Viana:
Olá, eu sou a Babi e esse é o PEPcast, o podcast que transforma sua experiência profissional e te leva ao próximo nível. Então vem dar um “play” na sua carreira com a gente.

A representatividade feminina e a equidade de gênero são dois temas muito importantes aqui na PepsiCo. A gente tem um sério compromisso com o crescimento da participação de mulheres no mercado de trabalho. Por isso, em todas as áreas da empresa existem políticas de atração e retenção de talentos femininos.

Atualmente, temos 49% dos cargos de liderança na PepsiCo ocupados por mulheres no Brasil. E o objetivo é chegar em 50% até 2025. E tem mais iniciativa na área: no nosso último episódio mesmo, a gente falou sobre o nosso programa de trainee Next Gen para mulheres negras e eu espero, de verdade, que você, mulher negra, tenha se candidatado.

Bom, eu tô aqui falando de liderança feminina, porque esse é o tema do nosso PEPcast de hoje. E quem vai me ajudar nesse processo papo é ninguém mais, ninguém menos do que a Katia Silva, nossa diretora aqui de Warehouse na PepsiCo. Uma mulher incrível que tem mais de 23 anos de experiência em logística. Começou no mercado de trabalho na área de transportes e veio pra PepsiCo em 2019 como gerente regional de distribuição.

Ká, seja super bem-vinda. Tô muito feliz de poder conversar aqui um pouquinho com você.

Katia Silva:
Oi, gente. Oi, Babi. Eu que estou super feliz de estar aqui hoje, ter esse bate-papo aqui, super animada. Obrigada pelo convite, de verdade, é um momento que eu super curto, sou super fã desse momento, e estou super feliz de estar aqui hoje podendo ter esse momento com vocês.

Barbara Viana:
Ká, então vamos começar aqui o nosso papo. Tenho algumas perguntas para você e acho que o pessoal aqui que está curtindo o PEPcast também. Começa aqui contando para a gente, né? Você já chegou na PepsiCo liderando 13 “sites”, ou seja, 13 localidades. A gente pode dizer assim? Qualquer coisa você me corrige, tá? E com a responsabilidade de transformar a área digital, né, de warehouse, que baita desafio, né? Como que foi isso?

Katia Silva:
Sim, eu brinco que foi uma das agendas mais animadas que eu tive. Sim, são 13 armazéns. Eu chego na PepsiCo fazendo, assumindo a liderança da regional de São Paulo, que, para quem não sabe, representa 40% do total de volume de vendas e de movimentação de caixas fazendo esse papel de apoiar nessa transformação digital dentro dos armazéns, mas também fazendo com que a gente estivesse aí olhando a complexidade dos nossos armazéns, trabalhando com visibilidade de dados, melhorando eficiência e otimizando as operações.

Então, sim, um desafio e tanto dentro de uma regional com maior representatividade, dentro dos armazéns, dentro de warehouse Brasil como um todo. Super desafio, mas também uma experiência incrível, né? De olhar, sim, novas tecnologias, mas também de garantir que toda essa mudança agregasse valor e que a gente desenvolvesse nosso negócio, nossas pessoas envolvidas e entregasse os resultados, trazendo esse impacto positivo para o negócio.

Barbara Viana:
Ká, e hoje você é diretora de Warehouse Brasil. Ocupa aí esse cargo super importante de liderança sendo responsável por mais de 1.500 colaboradores e colaboradoras, com 400 milhões de reais de orçamento aí, ainda gerencia os 70 sites, incluindo o maior centro de distribuição aqui da América Latina. É muita coisa, né?

Conta pra gente como que é o seu dia a dia, o que você faz em warehouse aqui na PepsiCo, quais são as suas funções, desafios, as coisas legais que acontecem... Conta tudo aqui pra gente.

Katia Silva:
Bom, tem muita coisa legal, meu dia a dia é bastante dinâmico que, como diretora de warehouse, meu papel vai além de gerir operacionalmente, garantir que a gente tenha nossos produtos, entregar sorriso, entregar o nosso produto na ponta da forma mais eficiente com qualidade. Garantir que todo esse processo de armazenagem desse produto, distribuição, funcione de forma eficiente, segura, integrada com as demais áreas dentro da PepsiCo, são diversas áreas de vendas, finanças, “field control”, enfim, todas essas áreas de forma intercalada e coordenada. E envolve também olhar e trazer as estratégias que a gente pode otimizar em processo, análise de performance, trabalhar toda essa questão de orçamento, garantir que a gente esteja alinhado a isso, alinhar meta, objetivo com as equipes e, claro, sempre buscando inovação melhoria contínua dos nossos processos.

Bom, no geral é isso, o time de warehouse como um todo é responsável por armazenar, gerenciar e distribuir todos os nossos produtos para atender toda a demanda de mercado, toda a demanda do mercado brasileiro.

Aqui, eu sempre reforço, trazendo foco em segurança, qualidade, claro, sendo eficiente, olhando os nossos custos... fazendo tudo isso, olhando também projetos de transformação e automação. Bom, além disso, eu tenho um compromisso, um grande compromisso, que é com as nossas pessoas, né? Garantir um ambiente de trabalho que promova o desenvolvimento profissional e o bem-estar de todos os colaboradores e colaboradoras que fazem parte desse time enorme e essencial para a PepsiCo. O desafio constante, mas é o que torna cada dia único e cheio de aprendizados.

Barbara Viana:
E aí, acho que você até já começou a falar um pouquinho sobre isso, mas quais são as “skills” necessárias para estar nesse cargo, principalmente quais são as “skills” que as mulheres podem ter já com elas e que agregam mais no campo da tecnologia e da logística, que a gente sabe que tem uma certa dificuldade mesmo hoje em atrair o público feminino? A gente pode se destacar de alguma forma?

Katia Silva:
Para esse cargo, quando a gente fala de liderança, a gente precisa ter um conjunto de habilidades técnicas e comportamentais. Então quando a gente fala de técnica, é importante, quando a gente fala de logística, conhecer ferramentas de gestão. Então, quando a gente fala de armazém a gente tem, por exemplo, além de todo o escopo operacional ali, mas a gente tem sistemas que podem suportar como o WMS. Quando a gente fala de transporte, tem por exemplo, o ITMS, mas também como funciona esse fluxo logístico. Estar sempre buscando inovação, se atualizar o que está acontecendo no mercado e, além disso, análise de dados é uma competência-chave, importante para essas tomadas de decisões estratégicas considerando bases de fatos e dados. Eu acho que, quando a gente fala, é principalmente técnico.

Mas um dos pontos que eu sempre falo que realmente faz a diferença são as habilidades comportamentais, que é a visão estratégica, alinhar meta, objetivos de negócio, enfim, saber motivar e inspirar equipes grandes e diversas, enfim, comunicação eficiente, garantir que todos estejam na mesma página, eu acho que esses são os grandes pontos fundamentais assim, para uma posição de liderança, enfim, para uma posição como, por exemplo, de warehouse.

Bom, falando aí um pouco do segundo ponto, eu acredito muito no potencial das mulheres no campo da logística, embora, historicamente a gente sabe que o setor veio dominado por homens, assim, e hoje eu vejo esse cenário de mudança acontecendo, mais mulheres ocupando a liderança e transformando a forma com que operamos.

Quando a gente fala de mulher numa perspectiva, num ambiente logístico que é dinâmico, que é desafiador, essa diversidade entre homens e mulheres dentro desse campo, naturalmente a gente tem aí um olhar e algumas capacidades que nos suportam, né, por isso que é tão lindo a diversidade, onde a gente consegue aportar o maior foco, o maior detalhe para algumas coisas que suportam muito nessa habilidade de logística nesse campo tão dinâmico, né?

Então, eu acredito, sim, que nós, mulheres, podemos nos destacar e estamos fazendo isso, e a chave está no confiar no nosso potencial, investir na capacidade, na capacitação também e buscar cada vez mais ocupar espaços e posições que antes não eram ocupadas. Eu acho que isso é confiar em si e fazer com que a presença... se tornar presente nessas posições.
É inegável que o impacto de mais mulheres na logística traz diversidade de pensamento, inovação e formas de resolver problemas de forma diferente, num setor como um todo, né? Independente, falando de “supply chain”, desde quando a gente fala de transporte, armazém, planejamento, enfim, todos os campos aí de “supply chain” como um todo.

Barbara Viana:
Ai, Ká, que legal te ouvir. E eu acho que mulheres que estão aqui curtindo o PEPcast, que tenham essa aspiração de carreira, seja pensando numa transição de carreira, seja iniciando a carreira, seja quem já tá nesse ramo, eu acho que conferir, curtir, ouvir esse tipo de relato é super importante e especial, eu acho que dá um gás e também inspiração, sabe? Para que essas mulheres continuem nessa jornada.

Quando a gente fala também, Ka, de cargo de liderança, a gestão é algo que está presente o tempo todo. A gente está falando de liderar pessoas, liderar processos e por aí vai. Então, para quem está aqui conferindo esse episódio do PEPcast e que tem curiosidade, que eu tenho certeza que muita gente tem, como que você desenvolveu essa habilidade de liderar?

Katia Silva:
Bom, você falou bem aí, é uma jornada, né? Eu tenho 23 anos de experiência em logística. Eu acho que antes disso, trago uma referência minha, pessoal: Para quem não sabe, eu nasci e cresci na periferia de São Paulo. E eu acho que isso me trouxe me moldou muito para o que eu sou hoje e muitas das habilidades que desenvolvi.

Crescer num ambiente onde recursos são limitados, mas a resiliência é enorme, me ensinou a enxergar um pouco das oportunidades e a diversidade, e ter uma postura de nunca desistir. Eu acho que isso me trouxe uma referência importante aqui. Resiliência é a palavra que me move e que me moldou durante toda a minha carreira eu acho que toda a vida.

E isso faz diferença quando a gente fala das habilidades. Além disso, eu não posso deixar de falar da minha família. Eu venho uma família matriarcal, de mulheres maravilhosas, que também foram referência da minha vida, onde elas me ensinaram a enfrentar com muita determinação, desafiar o “status quo”, que, sim, eu podia mais, tanto na educação quanto nos meus desafios de vida. Então, essas duas referências de vida, eu acho que me trouxeram e me fizeram uma líder melhor olhando por esses aspectos positivos.

Aí, falando um pouquinho da minha jornada, eu começo minha carreira em transportes, que me trouxe uma experiência super importante de como liderar, principalmente quando a gente fala de transporte há 23 anos atrás, eu era a única mulher dentro de uma transportadora pra fazer de tudo um pouco, mas gerir muito planejamento de transporte e tal.

Então acho que como eu aprendi a ser eu e fazer essa agenda de me autoconhecer durante toda essa minha jornada, conhecendo primeiro os processos, passando por conhecer tecnicamente, depois olhar um pouco... os resultados eram importantes, mas como eu entendia e como eu era empática com aquelas pessoas que eu estava no dia a dia e que a gente poderia melhorar juntos esses processos, foram me trazendo essa responsabilidade, onde, sim, olhar entrega resultado, mas fazer isso através do outro de uma forma empática, de uma forma onde a influência é muito mais do que um papel de liderança hierárquica, fazia diferença no meu modelo de como gerir isso e como se desenvolver essas habilidades.

Assim foi indo, acho que cada projeto que eu liderei trouxe uma perspectiva, um aprendizado, um olhar, como eu disse: além das atividades em si, mas como eu fazia para que as pessoas desempenhassem e que eu pudesse ser esse apoio, né? Então o que eu diria, assim: muita curiosidade, muita dedicação e entender esse comportamento humano para poder atuar melhor, né? Quando eu falo de liderança, eu sempre falo que é um papel de destravar, e o destravar passa e como você comunica, entende para que seja assertiva nesses momentos, sabe?

Eu acho que a soma de tudo isso é o que me faz e que me fez chegar num papel de liderança. Experiência pessoal, histórias de superação, estudo e, principalmente, um olhar atento para as pessoas. Acho que esse guia de liderar é mais do que gerenciar número ou processo, é saber inspirar, construir algo significativo com os outros, em conjunto com o outro.

Barbara Viana:
Ai, Ká, que legal! Ter, assim, pelo seu relato, dá super pra perceber, assim, que ter outras mulheres apoiando mulheres também é super importante. Você teve, acho que você comentou um pouquinho, mas se você puder explorar um pouco mais, se você teve alguma figura que te serviu de exemplo, que te puxou pra cima ao longo da sua história.

Katia Silva:
Sim. Minha mãe foi uma das figuras que sempre me incentivou na busca dos meus sonhos, independente dos desafios. Acho que ela me ensinou o significado da resiliência, do você ultrapassar os seus limites mesmo se outras pessoas não acreditassem você, eu devo a ela e... Desde quando eu lembro, muito pequena, quando ela falava de estudo, eu fui a primeira, dentro da minha família, a fazer a faculdade e ela sempre me trouxe: “não, você vai fazer diferente, você vai mover”.

Então, uma delas é a minha mãe, eu acho que deixo ela para mim como uma grande figura. Mas eu também, durante a minha jornada como eu falei, tive outras mulheres que me fizeram esse apoio e que foram essenciais, desde líderes em algum momento, por exemplo, tenho uma mentora que, além dela sempre me ajudar ali e olhar, ela sempre muito me desafiou, né, a ir além da minha zona de conforto, de acreditar, então foram “feedbacks” muito construtivos, “feedbacks” duros em alguns momentos, mas que me ajudou muito a enxergar a oportunidade que eu não tinha considerado, enxergar pontos que eu precisava desenvolver. Então, ter pessoas, mulheres, ao seu lado, ao meu lado, foi crucial para fazer acreditar que eu poderia ocupar posições de liderança cada vez maiores.

Eu tive gratas experiências de mulheres. Acho que um ponto importante é que essas mulheres, além de apoiar, mas também de mostrar o caminho da colaboração, da solidariedade, elas também são exemplos vivos de que juntas a gente pode alcançar mais. Ver outras mulheres em posições de destaque também me inspirou e acrescenta que eu também poderia chegar lá.
Então, eu lembro até hoje algumas mulheres dentro das empresas que eu passei, ou até quando eu cheguei na PepsiCo, você via as mulheres no cargo de liderança, diretoria, isso me inspirou bastante a entender que eu também posso, eu também vou chegar lá. Então, hoje, eu também procuro fazer isso. Eu acho que esse apoio, compartilhar as experiências, ajudar a se desenvolver essa rede de apoio, né? Que é uma ferramenta positiva poderosíssima, faz com que a gente enfrente esses desafios, no mercado, em setor de logística como a gente está falando, em todos os setores.

Eu acredito muito que essa rede de apoio somada, compartilhada, apoia e nos traz esse percorrer da jornada de uma forma mais leve e faz com que a gente consiga também alcançar os nossos objetivos fazendo essa contribuição, sabe?

Barbara Viana:
Por falar em rede de apoio, lembrei de algo aqui e eu acho super legal de compartilhar que você é mentora, né, Ka, de uma das nossas “trainees”, justamente pra apoiar no desenvolvimento dela, do crescimento profissional, novas habilidades e você também aprender com ela, com a história dela, eu acho que tem tudo a ver com isso que você acabou de falar.

Katia Silva:
Sim, eu sou apaixonada com essa questão de mentoria, porque eu acho que muito do que você falou: é uma troca. E eu acho que é importante, se eu pude, se eu tive outras mulheres que puderam me apoiar, eu devo e tenho que fazer essa agenda também com outras mulheres. Mulheres, homens, mas eu acho que essa troca com a mulher, para mim, acho que é super importante e faz o sentido da gente poder construir juntas. Às vezes, uma insegurança que está sendo vivida naquele momento e eu já vivi, mas também pode ser vice-versa. Acho que essa troca é super rica e é linda de acontecer.

Então, sim, faço essa agenda e sou super feliz e orgulhosa de poder estar nessa agenda assim como no programa de “trainee”, mas, enfim, tem outras agendas aí que eu acabo fazendo com os times.

Barbara Viana:
Na PepsiCo, ousamos transformar para construir um ambiente de aprendizado onde os objetivos de carreira são considerados e valorizados. Você pode ajudar a construir um mundo onde haja mais possibilidades para mais pessoas, independentemente da função que você ocupa. Assim, ajudamos a criar mais sorrisos a cada gole e a cada mordida, a promover um local de trabalho mais inclusivo e diverso, a criar um ambiente mais sustentável e a tornar o mundo mais positivo. Para ousar transformar com a gente, acesse www.pepsicojobs.com.
Ká, agora vamos falar um pouquinho de obstáculos, também, desafiadores que você passou aí na sua carreira, em especial sendo uma mulher na liderança. Como que você contornou essas situações, o que que você aprendeu com elas?

Katia Silva:
Acho que é o que eu brinco, né: ser líder, qualquer líder, enfrentar obstáculos faz parte da jornada. Quando você é mulher, num ambiente mais desafiador, né, como, por exemplo na logística quando eu começo lá atrás, há 23 anos, com o público feminino muito restrito, Sim, acho que teve alguns desafios importantes, desde preconceitos, às vezes estereótipos para que você, por exemplo, pudesse estar numa liderança, talvez ter uma postura mais masculina era muito mais bem vista em alguns momentos. Já senti em alguns momentos, por exemplo, minha autoridade ser questionada, ou que eu precisava provar que esse estereótipo de ser uma mulher dentro de uma área de operações muito masculinas, se tornar essa carapuça de ser mais masculinizada, me confortava, me trazia mais, sendo mais segura...

Eu que eu conto uma situação, participei de um processo seletivo lá no passado, que era pra ser coordenadora de uma operação e, infelizmente, eu ouvi do líder da área... Enfim, a porta ficou aberta e um dos comentários foi: “não, gostei muito do currículo da Katia, mas, infelizmente, acho que melhor não contratá-la, porque é um ambiente muito agressivo, o centro de distribuição está num lugar muito afastado e ela, com certeza, não suportaria essa operação. Enfim, não fui contratada, infelizmente, e ficou muito claro que por ser mulher. Uma semana depois fui convidada para voltar nessa mesma posição, porque as pessoas que foram contratadas ali não ficaram, e eu fiquei aí dois anos nessa posição.

Então, já passei por algumas situações como essa, mas eu te falo, acho que eu aprendi muito a contornar tudo isso me preparando, sempre me atualizando e, como eu comentei no começo, acho que um dos grandes pontos da minha vida, eu trouxe a resiliência como um grande aliado. E aí eu entendi que, por exemplo, eu não posso controlar a forma como o outro pensa ou me percebe, mas eu posso controlar a minha resposta sobre isso. Eu acho que é sobre o outro, não é sobre mim. E não me deixar abalar por esse comentário, não me deixar abalar por situações desrespeitosas foi importante.

Concentrei na minha energia, no que eu precisava entregar, continuar entregando o resultado, mostrar o que importa, que era o que eu sabia, as minhas competências e trazer valor pra minha equipe, pra organização.

Então, sempre busquei e sempre olhei muito pra: “Não é sobre mim, é sobre o outro”, e isso fez a diferença. E, claro, eu acho que ter uma rede de apoio, homens e mulheres como aliados, eu acho que ter essas conversas, enfrentar os desafios de forma aberta, poder comentar, fazer essa rede de apoio também ajuda bastante como estratégia e para lidar com essas situações mais difíceis.

Fico super feliz que eu acho que hoje isso é muito menos. Aqui na PepsiCo, por exemplo, sou super feliz que eu não vejo e algo que é uma grande alegria de poder estar no ambiente de trabalho onde você percebe que realmente a diversidade, a sua competência, ela é o mais importante, não importa o gênero, não importa a raça, importa quem você é e o que você está aportando para a companhia. Fico feliz de ver que isso ficou para trás e que a gente vê uma evolução dessa jornada.

Barbara Viana:
Que situação péssima de enfrentar de viver. Nossa, Ká, eu não sei, assim, acho que só passando por uma situação como essa que você falou, pra gente entender o sentimento que vem ali na hora, né? Ainda bem que você não foi na PepsiCo, né? Por favor!

Katia Silva:
Não, não, não, não, foi muito tempo atrás, ainda bem, acho que uns 10 anos atrás, enfim. Eu tenho super orgulho que quando a gente fala de PepsiCo, quando a gente tem um ambiente de trabalho como hoje, independente do seu gênero ou raça, a sua competência é o que é avaliado, o quanto você entrega, independente de qualquer estereótipo, qualquer gênero, então isso me deixa extremamente feliz e orgulhosa.

Para mim, é um orgulho poder viver isso, sabe? De quem viveu há 10 anos atrás, 15 anos atrás, situações como essa, poder hoje ver num cargo sênior de liderança, num cargo que você encontrar mulheres, encontram homens, encontrar uma diversidade, eu acho que são poucos lugares que a gente consegue ver isso e eu tenho super orgulho de poder viver, estar vivendo isso aqui na PepsiCo.

Barbara Viana:
E é legal, né? Isso mostra o quanto é genuíno, né? Que a gente pode ser a gente mesmo todos os dias. E eu acho que é aí que está a diversidade mesmo, né? Que a gente pode expressar as nossas opiniões de acordo com a nossa história, com a nossa perspectiva.

Ká, a gente está chegando aqui no fim do PEPcast de hoje, infelizmente, mas a gente não fecha de qualquer jeito, a gente tem um quadro aqui que eu amo, que se chama Sabor do Conhecimento.

É um espaço que a gente pode compartilhar tudo o que a gente quiser, pode ser conteúdo, experiência, um hábito, livro, série, filme, enfim, o que você achar legal. E aí eu queria te convidar para ser parte desse quadro, tem alguma coisa ou algo que você queira indicar para a gente, Ká?

Katia Silva:
Eu tenho, acho que uma prática que eu recomendo fortemente é meditação. Que também, assim, eu trouxe para a minha vida. Eu acho que... para quem não sabe, eu estou me formando em neurociência em comportamento. Então, antes de me formar, era algo que eu trazia como uma forma de me acalmar, reduzir o estresse. Mas conhecendo melhor e entendendo o quanto essa prática é importante, também ajuda para que a gente possa ter uma clareza mental, foco, permitir que a gente se conecte... eu acho que o autoconhecimento é uma das coisas que a gente precisa buscar, quem ainda não tem, buscar mais rápido e fazer com que isso seja uma jornada de somar, quando a gente falou de conhecimento técnico, habilidades comportamentais, vai passar por se autoconhecer.

Então eu acho que, se eu puder deixar essa dica, vá buscar, existem muitos aplicativos online que você pode fazer como iniciante, tornar o processo mais acessível. Tudo vai da prática e você ir introduzindo isso no seu dia a dia. Então, a primeira dica é meditação, autoconhecimento, buscar essas oportunidades e o que dá para fazer, incluindo a sua rotina.

Falando em conteúdo, eu te confesso que eu não sou muito da TV, mas eu gosto de documentários que ajudem a entender um pouco melhor a questão da representatividade da mulher e eu indico um que é “Miss Representation”, que aborda um pouco dessa representação da mulher na mídia, como essa percepção pública, falar da auto-imagem, eu acho que é algo que chama a atenção e eu acho que é importante para as mulheres, homens, enfim, todo mundo se torne mais consciente sobre como a gente é moldado pela mídia e como essas narrativas e inspirações às vezes se tornam comportamento, se tornam o como a gente atua, sem perceber que isso está sendo influenciado ou moldado pelo que a gente vê na TV.
Eu acho que eu deixaria essas duas dicas aí pra vocês.

Barbara Viana:
Que legal, Ká, suas indicações. Vou conferir por aqui, inclusive, esse conteúdo que você comentou. E eu vou nessa linha, eu vou indicar um hábito que eu tô começando agora, que se conecta muito com o seu, de meditação, não sei se você já conhece, já praticou, mas eu iniciei o “hot yoga”, que é fazer yoga numa sala, parece uma sauna mesmo, assim, numa temperatura de 40 graus assim, e é um momento assim, de muita concentração equilíbrio, foco, força, e você sai, assim... Na minha primeira aula, eu lembro que eu fiquei super tensa assim... Eu falei: “nossa, será que eu vou dar conta? Será que eu vou conseguir?”, bem preocupada, assim... E aí, agora, já tá se tornando algo muito mais fluido, muito mais leve e eu saio de lá de outra forma, assim, com uma energia completamente renovada.

E eu super indico, porque é muito do que você falou, né? Que se conecta, né, com essa parte de meditação, assim... É você com você, e um momento que eu reservei ali pra mim. Então, tem sido uma super experiência, assim, bem bacana.

Katia Silva:
Muito legal, já ouvi falar. Tenho super vontade de começar. Depois eu marco contigo pra gente fazer uma sessão juntas.

Barbara Viana:
Vamos, tem uma pertinho do escritório, a gente pode ir.

Katia Silva:
Legal.

Barbara Viana:
Boa.

Bom, chegamos aqui, então, no fim do nosso episódio especial de hoje. Ká, muito feliz da troca que a gente teve aqui. Obrigada por você ter compartilhado a sua história, seus relatos aí, até obstáculos que você enfrentou e tenho certeza que muitas mulheres, e não só mulheres, todas as pessoas que estão aqui curtindo o PEPcast vão se inspirar no seu exemplo, na sua liderança.

Eu fico feliz, inclusive, de saber a trajetória que você tem trilhado dentro e fora da PepsiCo, né? Então parabéns por isso. Parabéns por deixar e por construir esse legado tão bonito e tão significativo na história das pessoas que te conhecem de alguma forma ou muito, seja tendo você como líder, seja te conhecendo ali de corredor, seja da sua família, enfim, obrigada mesmo e obrigada por você ter aceito o nosso convite de participar aqui do PEPcast espero que você também tenha curtido.

Katia Silva:
Obrigada, eu amei. Momento super gostoso e uma troca incrível, então obrigada pelo momento, Babi. E, de verdade, espero que realmente todas as pessoas que em algum momento teve uma pessoa pra desenvolver, seja ela mulher, seja ela homem, ser liderança como um todo é fazer com que as pessoas entreguem o seu melhor, acreditem nela, confiem nelas. Então, acho que esse é pra mim o meu grande orgulho de ser líder e espero que esse podcast ajude a gente, independente se você que tá ouvindo é homem ou mulher, esse é o nosso papel, fazer extrair o máximo, fazer com que o brilho chegue com as nossas pessoas e que elas entreguem o melhor.

Então, muito obrigada por esse momento, tô super feliz de estar, de verdade, hoje poder ter contribuído de alguma forma, e ter me enriquecido, porque eu acho que esse momento, quando a gente conversa, quando a gente troca, quando a gente acaba falando da sua história, mais uma vez a gente reflete e cresce profissionalmente como pessoa, porque é um novo momento que você está ali falando de novo da sua história e contando ela num outro momento. Então muito obrigada por ter vivido esse momento de novo aqui com vocês.

Barbara Viana:
Que bom, Ká, fico feliz. E o que eu vou falar agora não é mais surpresa, mas eu vou falar sempre, todo fim de episódio, pra ficar bem gravado pra você que tá curtindo aqui o nosso PEPcast, que é te convidar pra seguir os nossos perfis nas redes sociais: @pepsico no LinkedIn e @pepsicobrasil nas outras redes.

E pra saber das oportunidades aqui, se você quer trabalhar com a gente aqui na PepsiCo, é só seguir o @pepsicojobs e conferir também as nossas oportunidades lá no LinkedIn. Tenho certeza que você vai encontrar muita coisa legal. É isso, eu te encontro no próximo episódio, vem muita coisa legal por aí. Um beijo e até a próxima.

Criadores e convidados

Barbara Viana Vio
Apresentador
Barbara Viana Vio
Employer Branding & Culture Lead - PepsiCo
Katia Silva
Convidado
Katia Silva
Diretora Distribuição Brasil na PepsiCo
Liderança Feminina: a diversidade e os caminhos para promover a ascensão de mulheres em cargos de liderança
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