Carreira em Vendas: Um Relato sobre Liderança e Pertencimento

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Barbara Viana:
Olá, eu sou a Babi e esse é o PEPcast, o podcast que transforma a sua experiência profissional e te leva ao próximo nível. Então vem dar um "play" na sua carreira com a gente.

Tem gente que parece que nasceu para liderar, que tem essa habilidade de falar, de ser escutada ou escutado e ser seguida ou seguido por grandes times e equipes. Mas tem gente que aprende a se tornar essa boa liderança, e as duas formas são válidas e genuínas. Aqui na PepsiCo, a gente valoriza as lideranças natas e encoraja aqueles e aquelas que querem se tornar líderes, percorrendo trajetórias com vários desafios, mas muito recompensadoras no final.

E hoje, para falar de liderança especialmente na área de vendas, a gente convidou a Gisele Araújo, gerente de vendas lá em Maceió. Gi, estou super feliz de ter você aqui hoje. Seja super bem-vinda ao PEPcast.

Gisele Araújo:
Ah, Babi, muito obrigada pelo convite. Eu fiquei muito lisonjeada e estou muito feliz aqui em compartilhar essa experiência aqui com vocês. Obrigada.

Barbara Viana:
Que sotaque maravilhoso, Gi. Adorei!

To cheia aqui de perguntas pra te fazer, acredito que o pessoal aqui que está curtindo o PEPcast também. E aí já quero fazer uma aqui, Gi. No podcast a gente sempre tem um tema — por exemplo, hoje que é falar de liderança, enfim — mas antes de a gente começar a falar sobre isso, é sempre legal que as pessoas te conheçam um pouquinho. Você é a nossa convidada, e aí eu queria começar lá do início da sua carreira profissional, que você me contasse um pouco como você começou a sua jornada. Você começou como demonstradora de vendas, é isso mesmo?

Gisele Araújo:
Isso.

Barbara Viana:
Conta pra gente como que foi isso, Gi.

Gisele Araújo:
Então, Babi, comecei a trabalhar um pouquinho tarde, pra mim. Com 20 anos de idade, eu comecei a fazer demonstração. Eu trabalhava em uma agência que terceirizava esse serviço. E a primeira empresa que eu trabalhei para essa agência foi justamente pra PepsiCo. Então foi o meu primeiro contato, foi aí quando eu descobri o que era PepsiCo, conheci alguns funcionários da empresa que mostravam brilho nos olhos quando falavam da empresa, e aquilo já me encantou de cara.

Barbara Viana:
E aí você está com a gente, então, aqui na PepsiCo desde 2007 como promotora de vendas. Como que você começou aqui na PepsiCo, Gi? Você falou que teve esse contato aí como demonstradora e tudo, mas como que você entrou aqui efetivamente?

Gisele Araújo:
Eu tive esse primeiro contato com a empresa que já me fez os olhos brilharem. E aí, depois, eu tive essa experiência como demonstradora. Eu fui ser promotora de vendas de uma outra empresa, que era de biscoitos e massas. E quando eu fui ser promotora dessa empresa, eu procurei a promotora da PepsiCo, porque eu já tinha na minha mente que eu queria trabalhar na PepsiCo. No primeiro contato que eu tive lá, me mostrou que a empresa era tão boa, que eu queria demais trabalhar. Eu disse: não, deve ser uma das melhores empresas pra se trabalhar, então eu quero trabalhar nessa empresa.

Então, o que eu fiz? Eu trabalhei quase dois anos nessa outra empresa. Com isso, eu fui aprendendo, fui conhecendo mais da empresa e já fazendo “networking” para poder ver uma forma de entrar na PepsiCo, porque era bem difícil, tinha que ter conhecimento, enfim.
E aí, um belo dia, um gerente da PepsiCo foi fazer uma visita a campo. Visitou a minha loja, viu o meu trabalho e sondou com a promotora, se eu estava disponível. A promotora disse que eu tinha interesse em trabalhar já na PepsiCo, que eu gostava muito da PepsiCo. E ele disse que, na próxima seleção que tivesse, ele queria que eu estivesse lá presente.

E assim foi. Uma seleção com 50 pessoas, quando eu cheguei lá, ele me chamou pelo nome — isso mais de um mês depois! É nisso que eu bato muito nessa tecla do “networking”, o quanto ele é importante e o quanto é importante não que você conheça as pessoas, mas que as pessoas lhe conheçam. Esse é o “time”.

E foi assim que eu entrei na PepsiCo e fiquei oito anos como promotora. Foi um momento bem desafiador, mas que me motivava demais. Uma oportunidade de crescimento muito grande nesses oito anos. E quando eu falo de oportunidade de crescimento, eu falo não do plano de carreira, sabe? Eu falo realmente da oportunidade de crescer, de aprender, de desenvolver novas habilidades e competências que me geraram valor e que impactaram em todas as áreas da minha vida. Foram oito anos que a gente trabalhava como promotora, assim, são vários perfis de cliente. E aí, um perfil de cliente que demanda mais que você seja criativo, outro que demanda que você seja mais ágil, outro que tem uma meta maior — então, vamos dizer assim, uma loja mais complexa, que demanda mais. Então, assim, eu sempre pedia para os meus líderes me mudar. Oito anos que eu passei mudando de perfis de cliente. Em cada cliente, eu aprendia algo. Então, nesse tempo, eu me desenvolvi bastante.

Barbara Viana:
Gi, que legal. Eu não sabia dessa sua história. Caramba, e eu acho que a liderança já começa por aí, sabia? Porque você, desde cedo, lá quando você viu que queria trabalhar na PepsiCo, você já começou a demonstrar, começou a criar suas relações, já começou a se comunicar com essas pessoas, e, pra mim, isso faz muito parte de um perfil de liderança, sabe?
E aí, Gi, durante o tempo que você estava como promotora, pelo que eu li um pouco aqui sobre você, eu vi que você fez faculdade de Marketing. É isso?

Gisele Araújo:
Isso.

Barbara Viana:
E aí, quando você começou a fazer Marketing, o que você queria alcançar?
Você queria trabalhar nessa área? Ou não, você já era apaixonada ali por vendas mesmo? Quais eram as suas ambições de carreira naquele momento?

Gisele Araújo:
Babi, eu fiz a faculdade, eu digo que bem tarde. Entrei na faculdade com 29 anos. Muita gente não sabe, mas eu sou da periferia de Recife. Eu fui a primeira pessoa a me formar em uma faculdade da minha família. Então foi um ganho muito grande, um motivo de orgulho muito grande. Eu fiz Marketing, porque eu já gostava, era apaixonada pela empresa e eu via que tinha tudo a ver com o que eu estava fazendo, onde eu estava atuando no momento, e eu vi a oportunidade de crescimento na empresa, e eu uni o útil ao agradável.

Demorei bastante pra fazer a faculdade, porque eu realmente não tinha condições na época, então tive que procurar a bolsa do governo, pra poder ganhar os 100%, e assim, eu me formei, ganhei 100% da bolsa do governo, fui tirar uma habilitação porque eu já estava visando o cargo de liderança. Então, tudo eu já estava na minha cabeça, planejando o que eu estava precisando.
Foi justamente pra isso que eu fiz a faculdade: pra chegar no meu primeiro cargo de liderança.

Barbara Viana:
Que história inspiradora, Gi... Muito legal você compartilhar aqui com a gente. Obrigada por isso. Parabéns. Parabéns mesmo pela sua garra, porque com certeza você tem feito toda a diferença pra onde você está, pra onde você quer ir, então muito legal, de verdade.
Inclusive, até linkando com isso, você tentou algumas promoções durante a sua trajetória, e nem sempre é de primeira, né, Gi? Então, às vezes a gente tenta, não consegue, tenta, não consegue... E imagino que talvez isso tenha acontecido com você. Já aconteceu?

Gisele Araújo:
Cinco vezes...

Barbara Viana:
Como que foi, Gi? Conta pra gente esse processo. O que você fez a cada retorno negativo pra você tentar se desenvolver e tentar de novo também? O que você fez?

Gisele Araújo:
Babi, é tudo um processo. Nesses oito, quase nove anos de promotora, eu tive muito “feedback” dos meus líderes. E eu sempre me posicionava de uma forma... como eu queria ser líder, eu sempre me posicionava de uma forma de líder. Então, o time já me via como líder, eu fazia com que eles já me enxergasse dessa forma, e eu buscava muito “feedback”. E uma forma de buscar “feedback” e de mostrar pra empresa que eu queria ser promovida, que eu queria algo, era participar de todo o processo seletivo, mesmo que, na minha cabeça, eu não estivesse pronta.

Pra mim, eu sabia que eu não estava pronta, mas eu queria participar pra dizer que eu quero, pra que eu tivesse o “feedback”, que eles me dissessem o que eu precisava melhorar e pra que eu tivesse aquela experiência também do processo seletivo, porque eu ficava muito nervosa... Então, eu disse: não, todas as vezes que eu participar, eu vou melhorar, eu vou ficar mais madura. E isso foi super bem, assim, eu tive “feedbacks” muito bons. Todos os “feedbacks”, pra mim, foram muito construtivos. Eu anotava tudo e eu fazia tudo pra desenvolver aquelas habilidades e competências que eram ditas que eu precisava buscar e melhorar, sabe? E assim foi.

Na quinta vez que eu participei, eu passei para promotora líder. Hoje não tem mais essa função, agora é supervisora de merchandising, mas eu passei para promotora líder. E eu tinha consciência que aquele momento, sim, era o momento que eu estava pronta, que eu estava preparada, e foi muito bacana. E, depois disso, passei um ano e meio como vendedora. Eu já andava com os vendedores e já queria fazer da mesma forma que eu fiz nos cargos anteriores.
E sempre assim: eu almejava um cargo a mais. Nunca pensava em colocar limite nos meus sonhos. Mas eu também não sonhava tão alto pra não me desmotivar. Eu sempre dava um passo de cada vez.

Então, quando eu cheguei para a supervisora, eu disse: não, agora eu quero ser vendedora. O que eu preciso para ser vendedora? E aí eu fui buscando, começando a andar com os vendedores... e assim fui. Depois que eu cheguei em vendas, passei três anos com vendas, e já queria me portar e fazer tudo que eu precisava pra ser uma gerente. E aqui estou...

Barbara Viana:
Arrasou demais, arrasou demais, Gi. Que trajetória legal.

Caramba, muito legal isso de você pensar no seu próximo passo e já se preparar muito antes... Faz todo sentido. Eu acho que, pra gente ter uma carreira de sucesso, começa desde muito antes. Não é tipo: "ah, abrir um negócio, vou ali, vou me jogar e tal". Não. Exige às vezes um preparo, um entendimento, às vezes um “feedback”, às vezes uma conexão. E, pra mim, assim como eu te falei lá atrás, acho que lá nas primeiras perguntas, isso também pra mim faz parte de uma boa liderança, de ser uma boa liderança, sabe? Você se inspirar nisso, se você conseguir se engajar por meio de tudo isso, pra você conseguir alcançar voos maiores, digamos assim.

Na PepsiCo, ousamos transformar para construir um ambiente de aprendizado, onde os objetivos de carreira são considerados e valorizados. Você pode ajudar a construir um mundo onde haja mais possibilidades para mais pessoas, independentemente da função que você ocupe. Assim, ajudamos a criar mais sorrisos a cada gole, a cada mordida, a promover um local de trabalho mais inclusivo e diverso, a criar um ambiente mais sustentável e a tornar o mundo mais positivo. Pra ousar transformar com a gente, acesse: www.pepsicojobs.com.

Gi, me conta, hoje você é gerente de vendas aí em Maceió, e você tem um timaço com você, de 39 pessoas?

Gisele Araujo:
Isso...

Barbara Viana:
Estou certa?

Gisele Araujo:
Sim.

Barbara Viana:
Como que é esse dia a dia? Como que você consegue liderar tanta gente, Gi, com diferentes características, histórias, necessidades? Como que você consegue conciliar tudo isso?

Gisele Araújo:
É, Babi, é um time grande, é o meu “frontline”. Eu tenho 37 promotores, uma supervisora e uma vendedora. E é um dia a dia muito dinâmico, né, liderar um time grande e diverso, não é fácil. Existe muitos conflitos de gerações, principalmente, demanda muito conhecimento, muita escuta ativa, mas no meu dia a dia o que eu faço é: negocio, faço a negociação com vendas, com os clientes, analiso os KPIs, faço planejamento, faço diagnóstico de mercado, visita a campo, um dos que eu mais gosto... sobre como lidar com essa quantidade toda de pessoas, e ainda todas essas demandas que não é só liderar pessoas, eu acho que eu tenho que conhecer bem cada pessoa do time... facilita muito. Trabalhar os pontos fortes e pontos fracos de cada um, colocar pessoas certas nos lugares certos, porque isso facilita. Como a gente atende 101 lojas e eu tenho 37 promotores, então eu tenho que ver quais pontos fortes e fracos deles, onde que uma é mais ágil, o outro que é mais criativo, tudo aquilo que eu falei. Então eu tenho que colocar as pessoas certas no lugares certos para que eles deem certo, se desenvolvam e façam um excelente trabalho... E saber delegar. Acho que um dos principais também é saber delegar. Eu tenho uma supervisora e a vendedora pra me ajudar, e aí a gente chegar no nossos objetivos e nossos propósitos.

Barbara Viana:
E aí você conseguiria, Gi, contar pra gente, não sei, algumas dessas estratégias que você utiliza, até pra engajar, inspirar aqui, né, quem tá curtindo o PEPcast.

Gisele Araújo:
Babi, uma das estratégias, acho que é uma das principais para engajamento... porque engajamento e motivação são coisas bem diferentes. Acredito que para engajar mesmo o time, a gente precisa ter uma conexão, uma conexão muito clara com a missão e com os valores da empresa. Eu apelo muito para isso com o meu time. Eu deixo muito claro o propósito da companhia. Isso é uma das minhas estratégias e também o senso de pertencimento. Eu gosto muito de trabalhar... quando você sente pertencente, você engaja demais. Como eu falei, a motivação...

Já a motivação é muito intrínseca, então vai ter dias que a pessoa vai estar motivada, vai ter dias que não vai estar. Tem pessoas que se motivam por uma coisa, que outras que motivam por outra. Por isso, que eu também preciso muito dessa conexão com o meu time, porque eles vão ter gatilhos diferentes. O que vai motivar um, não vai motivar outro. Então eu uso muito de reconhecimento individual, reconhecimento em grupo, uso muito de “feedback”, eu acho que o “feedback” engaja bastante. O “feedback” tem o poder de melhorar muito o desempenho das pessoas e de engajarem, então é isso... e o elogio, trabalho muito o elogio, eu acho que aumenta muito a autoestima do colaborador e também ajuda muito no engajamento.

Barbara Viana:
Resumindo, Gi. Você falou sobre “feedbacks”, sobre reconhecimento, sobre entender as particularidades de cada um e cada uma...

Gisele Araujo:
Senso de pertencimento...

Barbara Viana:
Senso de pertencimento...

Gisele Araujo:
Celebrar um sucesso, esqueci de falar...

Barbara Viana:
Entra em reconhecimento, e entender o propósito do que eles e elas estão fazendo, o valor agregado, ali... excelente e ótimas dicas.

Dentro dessa sua jornada de liderança, Gi, compartilha com a gente também um pouco dos maiores desafios, aprendizados que você teve, e que você vivenciou ao longo desse tempo. Acho que o pessoal que está aqui também vai curtir muito saber, porque todo mundo passa por esse momento, quando se torna líder... tanto de desafios quanto de aprender coisas novas, então como que você vivenciou tudo isso.

Gisele Araújo:
Bem, Babi, eu acredito que um dos desafios para mim foi realmente sair de vendas e vir para uma liderança, como gerente de vendas, pegar uma equipe que estava com baixo desempenho, uma equipe desmotivada, com vários conflitos internos, com vários conflitos de gerações e tentar entender, sentar com eles. Eu precisei fazer... demorou, demandou o tempo, né, mais de mês pra fazer reuniões individuais, pegar cada um e entender o que motivava, reforçar “feedbacks”, dar “feedbacks” positivos, entender os conflitos, o que estavam sendo causados... tinham muito conflito de gerações, pessoas que a gente sabe que não têm tanta afinidade com aparalho, com tecnologia... outras que já têm mais afinidade e que acabava julgando o colega, e isso estavam trazendo N situações pra o time que tava desengajando.

E aí eu tive que ajustar algumas pessoas de lugar, tive que tomar algumas decisões difíceis, tive que deixar os objetivos da companhia bem claros, bem definidos e entender realmente as pessoas... e quando eu fiz isso, coloquei todo mundo nos seus lugares certos, a gente conseguiu ajustar o time, alinhar e trazer pra esse time engajado e motivado que temos hoje. E o ensinamento que eu tirei disso tudo é que liderar é entender as pessoas, né, não somos só números, pessoas são muito importante e a empresa é uma empresa de vendas, mas também é uma empresa de pessoas, e eu acredito que trabalhar com as pessoas motivadas e engajadas é a chave para o crescimento do desempenho e da motivação.

Barbara Viana:
E a última pergunta, Gi, que eu tenho aqui hoje para encerrar o nosso episódio é: quais dicas você pode dar para as pessoas que estão aqui e têm interesse em seguir nessa carreira de vendas. De liderança você até acabou falando, a gente até conversou um pouquinho sobre, mas que tem interesse de seguir a carreira em vendas, se tornar até uma liderança dentro dessa área, quais dicas você daria? Alguma dica adicional do que a gente já conversou aqui?

Gisele Araújo:
Babi, eu tenho algumas dicas que eu segui muito à risca. Eu começaria sendo líder de si mesma. Tenha disciplina, responsabilidade e atitude, desenvolva a escuta ativa. O líder bom ouve mais do que fala, então mostre o interesse genuíno pelas pessoas né, aprenda realmente a ouvir... a gente hoje fica muito naquela de ouvir já pensando na resposta, então ouça genuinamente, crie conexões e respeito com as pessoas, aprenda a dar e a receber “feedbacks”. “Feedbacks” bem dados transformam muito o desempenho, conforme eu já tenho falando... Entenda do negócio além da sua função. Um líder precisa enxergar o todo, entender as estratégias, as metas, o impacto do time nos resultados... estude o mercado, a concorrência e os números da empresa. E por último, acho que não menos importante, desenvolva a inteligência emocional. Essa seriam as minhas dicas de ouro para o futuro líder...

Barbara Viana:
E chegou a hora também do Sabor do Conhecimento Gi, que é o nosso quadro super especial para a gente compartilhar conteúdos ou experiências que podem inspirar quem nos acompanha aqui.

E aí vale de tudo, vale série, filme, podcast, livre, perfil nas redes sociais, hábito que você tem, uma experiência e eu quero muito saber o que você trouxe hoje para a gente.

Gisele Araújo:
Eu não trouxe podcast, não trouxe livro, eu vou compartilhar realmente uma experiência de vida que é para inspirar mesmo as pessoas, Babi. No dia que eu fui promovida, na semana que eu fui promovida, a minha primeira liderança como promotora líder... Dois dias, se eu não me engano, três dias depois, a minha filha de cinco anos recebeu um diagnóstico de câncer, um tumor no cérebro e 10 meses depois ela faleceu, e naquele momento eu tinha duas opções: me afundar ou usar a dor como missão. E a missão de liderar cuidando das pessoas, assim como todos os líderes da época fizeram comigo, é que foi uma das alavancas que me motivaram a ficar de pé, a me manter em pé.

Eu decidi que seria uma líder que inspira pelo exemplo, que cuidaria da saúde mental do meu time. E os liderados se identificam, porque criam essa conexão com o líder, eles veem a vulnerabilidade e mostra que o líder também é uma pessoa igual a eles. E eu acredito muito que a força de uma empresa não está só nos produtos, mas na capacidade de cada um se sentir visto, acolhido e valorizado até nos momentos mais difíceis... Assim como eu fui e assim como eu sou até hoje com cada um do meu time.

Barbara Viana:
Nossa, Gi. Primeiro de tudo, sinto muito, muito mesmo pela sua perda. Me faltam palavras para dizer até o que eu estou sentindo mesmo nesse momento, é muita emoção, e eu te agradeço por você encontrar aqui esse espaço para compartilhar publicamente. Demanda muita coragem e sensibilidade do seu lado, então obrigada, obrigada por isso e até faço uma conexão, Gi, pelo que você trouxe nos bastidores, teve uma fala que marcou muito que foi realmente no enterro da sua filha, que você viu ali um mar, um mar azul...

Gisele Araújo:
Sim... não, aquilo foi que me impactou mesmo e me fez realmente, sabe, me motivar a seguir em frente. Foi ali que eu me senti importante pro PepsiCo. Foi ali que eu senti que eu não era só um número que eu fazia parte daquela empresa de verdade. Isso foi com o que fez realmente que eu levantasse a minha cabeça e e seguisse e dissesse assim: eu quero ser um líder assim, eu quero ser um líder que cuida de pessoas e que mostra que eles realmente são importantes. Foi isso que me motivou e me motiva até hoje.

Só contextualizando: os 10 meses que ela ficou em tratamento, a empresa sempre me apoiou, isso financeiramente também, porque eles fizeram muita... me ajudaram muito, fizeram cortinhas, o RH comprou muita briga com plano de saúde pra liberar procedimentos pra ela. A gente ficou 10 meses na UTI e, no dia que ela faleceu... eu não me lembro de muita coisa do enterro, eu só me lembro daquele mar azul, eu me lembro daquele mar azul de PepsiCo. Assim, foi muito marcante para mim e para a minha família também, estar todo mundo ali, meu diretor, meu divisional, meus gerentes, pessoas que eu achava muito, muito importante. Assim, para mim eu era uma simples promotora líder, e eles estarem ali me apoiando me fez realmente... mostrar que eu pertencia à empresa, que eles realmente se importavam comigo, e que era isso: que não era só um número. Foi isso a minha virada de chave, que me fez motivar e não me entregar naquela dor. Me fez fazer com que essa dor virasse um propósito de vida.

Barbara Viana:
Que lindo saber que você encontrou essa força, esse apoio nas pessoas que trabalham com você, do seu lado. Acho que isso, com certeza, né, Gi, deve ter feito uma diferença muito grande ali naquele momento tão doloroso que você viveu e, mais uma vez, eu só te agradeço por compartilhar e com tanta gentileza, tanta força, inclusive, nas suas palavras... e mais uma vez deixo meus sentimentos aqui, por isso que você viveu.

Gravar esse episódio acho que foi um marco no podcast, porque me tocou muito, Gi, toda a sua história, em especial agora o relato final aqui no quadro. Sua trajetória me inspirou muito e a sua garra também, a sua resiliência, o seu perfil de liderança, então obrigada mesmo por você ter compartilhado com a gente de forma tão genuína e de forma tão inspiradora, e de uma forma tão leve também, acho que é importante trazer esse ponto da leveza.

Você traz isso na sua fala de uma forma muito, muito nítida, e eu tenho certeza que você deu alguns caminhos aí para quem está pensando em se tornar uma liderança e uma liderança em vendas também, então muito obrigada por isso.

Gisele Araújo:
Obrigada, muito obrigada aí, Babi, pela experiência, gostei demais de participar e de compartilhar aqui com vocês. Muito obrigada!

Barbara Viana:
E por hoje é isso, o nosso episódio termina por aqui eu eu te convido a seguir os nossos perifs nas redes sociais. É @PepsiCo no LinkedIn e @PepsiCoBrasil nas outras redes. E para saber sobre as oportunidades aqui na empresa, confere lá as nossas vagas no LinkedIn e também no @PepsiCoJobs. Não deixe de conferir também as nossas vagas operacionais no Infojobs, através do www.infojobs.com.br e pesquisar por PepsiCo.

É isso. A gente se encontra no próximo episódio! Tchau, tchau.

Criadores e convidados

Carreira em Vendas: Um Relato sobre Liderança e Pertencimento
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